Em março deste ano sofri um
acidente de bike na famosa “bolinha” da USP. A Bolinha é uma rotatória de 500m de asfalto bom e dentro da USP. Uma área que vive lotada de ciclistas e
corredores.
Eu estava fazendo meu habitual treino de tiro na bolinha em um
sábado, seguia puxando um pelotão de umas 5 a 6 pessoas em alta velocidade, devia estar
há uns 44 km/h ,
quando um moleque jogou um skate na minha frente. Ele não olhou para trás,
simplesmente jogou o skate no meio da rua, e como eu estava no clip , não tive
como desviar, minha roda dianteira bateu no skate e em frações de segundo fui
de cabeça no chão. Fiquei ali, meio tonta, com dor no queixo e na cabeça, toda
ralada, minha cara estava deformada, como vocês podem ver na foto.
Fui direto ao Hospital São Luiz, pois eu erroneamente não
quis esperar o SAMU, e meus amigos, Eduardo Sarhan e Sylvia Hartmann me levaram
para o Pronto Socorro do Hospital. Estava em pânico, muito assustada, com medo
de ter quebrado o queixo e lesionado a coluna, eles foram meus anjos da guarda,
me passaram calma e ficaram ao meu lado o tempo todo. Fiz tomografias da cabeça
e da coluna, mas Graças a Deus só ganhei uns ralados enormes, cujos quais até hoje
estou tratando na dermatologista para minha pele ficar sem marcas, mas está
difícil.
Depois do acidente, nunca mais consegui pedalar na
famigerada “bolinha”, fiquei traumatizada. Logo depois do acidente pensei que
nunca mais iria conseguir subir em uma bike, mas aos poucos fui destravando,
melhorei mesmo quando fui para França mês passado e subi umas montanhas, fiz o
Tristar de Cannes. Mas continuo medrosa.
Hoje de manhã fui pedalar com um amigo na ciclovia, e mesmo
vazia eu ficava super atenta, eu estava na roda dele, mas não conseguia relaxar
e confiar, é bem difícil o medo sumir, ele se ameniza, mas é difícil
desaparecer totalmente quando passamos por situações de grande stress como a
que eu passei.
Portanto fica aqui a dica: cuidado ao pedalar em pelotões,
principalmente na “bolinha” aos sábados, pois fica uma confusão de ciclistas,
patinadores, skatistas, corredores e carros. Bicicleta é muito perigoso, fui
ter noção disso quando estava com a cabeça no asfalto, portanto fiquem atentos!
Por Nina Keller
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