Foto: UCI
Um ciclista contra o fascismo de Mussolini
Livro Revela como o campeão italiano Gino Bartali ajudou judeus durante a Segunda Guerra em cima de duas rodas.
600 mil quilômetros foram pedalados por Bartali em sua carreira
“O Leão da Toscana”, dos irmãos canadenses Aili e Andres McConnon, contra a trajetória fantástica do ciclista italiano Gino Bartali (1914-2000), três vezes campeão do Giro d’Itália (1936, 1937 e 1946), duas vezes vencedor do Tour de France (1938 e 1948) e detentor de títulos em dezenas de outras competições.
Mas o livro relata também uma faceta oculta dele: o ciclista que não concordava com o fascismo de Benito Mussolini (1883-1945) e ajudou, com seu talento, centenas de judeus durante a Segunda Guerra Mundial ao esconder no quadro de sua bicicleta documentos falsos produzidos pela Igreja Católica e entregá-los aos perseguidos.
Pobre na infância, nascido na região da Toscana, o ciclista teve de trabalhar duro logo cedo para comprar uma bicicleta de quinta mão.
A diversão ficou séria, e ele passou a participar de provas e vencê-las. Conseguiu dinheiro e fama e, no fim dos anos 1930, aos 24 anos, já era o ciclista mais famoso do mundo. Mussolini quis então usar o prestígio dele para enaltecer o povo italiano, mas Bartali não aceitou. Religioso ao extremo após a morte do irmão, ele ficou próximo do cardeal Elia Dalla Costa.
Com caça aos judeus na Itália, o cardeal arquitetou um plano para fornecer documentos falsos aos perseguidos.E Bartali, eu conhecia a Toscana como ninguém, não teve dificuldades em passar pelas blitze e entregá-las.
Sua segunda vitória no Tour de France, em 1948, também foi usada de forma política e ajudou a unificar a Itália, dividida após um atentado contra um líder comunista.
Livro bom, história Melhor
O livro é um alento para os que gostam de história e ciclismo. Os irmãos McConnon pesquisaram a história de Bartali durante dez anos. Tudo o que está no livro – inclusive diálogos – pode ser comprovado. No entanto, embora repleta de dados novos, a obra pode frustrar pela pouca profundidade – ciclistas ficarão um tanto decepcionados com o tratamento superficial dado à rivalidade entre Gino Bartali e Fausto Coppi (contemporâneo no pós-guerra), uma das maiores da história do ciclismo mundial.
O livro também não entra em polêmicas, apesar de revelar ao leitor uma história fascinante, que daria um bom filme ao estilo de “A Vida É Bela” 1997, de Roberto Benini.
“O Leão da Toscana”, dos irmãos canadenses Aili e Andres McConnon, contra a trajetória fantástica do ciclista italiano Gino Bartali (1914-2000), três vezes campeão do Giro d’Itália (1936, 1937 e 1946), duas vezes vencedor do Tour de France (1938 e 1948) e detentor de títulos em dezenas de outras competições.
Mas o livro relata também uma faceta oculta dele: o ciclista que não concordava com o fascismo de Benito Mussolini (1883-1945) e ajudou, com seu talento, centenas de judeus durante a Segunda Guerra Mundial ao esconder no quadro de sua bicicleta documentos falsos produzidos pela Igreja Católica e entregá-los aos perseguidos.
Pobre na infância, nascido na região da Toscana, o ciclista teve de trabalhar duro logo cedo para comprar uma bicicleta de quinta mão.
A diversão ficou séria, e ele passou a participar de provas e vencê-las. Conseguiu dinheiro e fama e, no fim dos anos 1930, aos 24 anos, já era o ciclista mais famoso do mundo. Mussolini quis então usar o prestígio dele para enaltecer o povo italiano, mas Bartali não aceitou. Religioso ao extremo após a morte do irmão, ele ficou próximo do cardeal Elia Dalla Costa.
Com caça aos judeus na Itália, o cardeal arquitetou um plano para fornecer documentos falsos aos perseguidos.E Bartali, eu conhecia a Toscana como ninguém, não teve dificuldades em passar pelas blitze e entregá-las.
Sua segunda vitória no Tour de France, em 1948, também foi usada de forma política e ajudou a unificar a Itália, dividida após um atentado contra um líder comunista.
Livro bom, história Melhor
O livro é um alento para os que gostam de história e ciclismo. Os irmãos McConnon pesquisaram a história de Bartali durante dez anos. Tudo o que está no livro – inclusive diálogos – pode ser comprovado. No entanto, embora repleta de dados novos, a obra pode frustrar pela pouca profundidade – ciclistas ficarão um tanto decepcionados com o tratamento superficial dado à rivalidade entre Gino Bartali e Fausto Coppi (contemporâneo no pós-guerra), uma das maiores da história do ciclismo mundial.
O livro também não entra em polêmicas, apesar de revelar ao leitor uma história fascinante, que daria um bom filme ao estilo de “A Vida É Bela” 1997, de Roberto Benini.
Fonte: Jornal Metro São Paulo, por Irinei Masiero.
Ótimos Treinos!
Equipe Fast Runner
Por Fast Runner
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Uma excelente dica de leitura !
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