17 de jun. de 2013

Segurança sobre duas rodas: os direitos e deveres do ciclista


Foto: Divulgação/ Ciclovia virtual produzida pelo Pisca Laser Safe Light

Cidades brasileiras têm algumas das menores malhas cicloviárias do mundo e leis de convivência ignoradas por motoristas e até por quem pedala


Segundo o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), a pessoa que estiver de bicicleta deve respeitar sinais de trânsito e sinalização, além de circular na mão correta de direção, pois é também um veículo. Ciclistas e pedestres têm preferência sobre os veículos automotores. 

Pela lei, os ciclistas devem utilizar ciclofaixas, ciclovias e acostamentos. Quando não houver, devem usar o canto direito da pista, no sentido dos demais veículos, e nunca andar na contramão, considerada uma infração grave de trânsito. O ideal também é que não fique muito colado ao meio-fio, para facilitar a visão dos motoristas, e ficar sempre atento com portas de veículos abrindo. 

Para evitar colisões, o ciclista precisa ter atenção maior em conversões e cruzamentos (locais de maior índice de acidentes). Também precisa sinalizar com as mãos a intenção de realizar alguma manobra e deve evitar ruas muito movimentadas (grandes avenidas ou rodovias). Ciclistas em grupo, por exemplo, têm de trafegar em filas. Outra pedida é utilizar a bicicleta apenas para pequenas e médias distâncias.

Os motoristas devem seguir regras para evitar acidentes. A principal delas é manter distância lateral de pelo menos 1,5m da bicicleta, e reduzir a velocidade ao passar pelos ciclistas, respeitando sempre a sinalização das faixas destinadas a eles. Entre ciclistas e pedestres, o pedestre tem a preferência.

Equipamentos adequados

Para a segurança não só de quem é atleta, mas também daqueles que usam a bike (com aro superior a 20) como meio de transporte ou lazer, é importante estar bem equipado com capacete, óculos ou viseira, cotoveleiras, joelheiras, luvas e roupas apropriadas, claras e coloridas.

O capacete, por exemplo, pode diminuir em até 90% o risco de um traumatismo craniano no caso de uma queda. A bike é importante estar equipada com espelho retrovisor esquerdo, buzina, refletores (olhos de gato) dianteiro, traseiro e laterais, considerados equipamentos obrigatórios. O ciclista também deve deixar a bicicleta em bom estado para o uso e com os pneus cheios. 

Ciclovias no Brasil e no mundo

Um levantamento feito recentemente pela ONG Mobilize Brasil, que acompanha os dados da mobilidade urbana do país, mostrou quanto espaço as bikes têm nas metrópoles brasileiras. A soma das estruturas cicloviárias das capitais que possuem vias exclusivas para bicicletas passa longe dos mais de 1.200km que os ciclistas têm à disposição em cidades da Europa como Berlim e Amsterdã, por exemplo.

Segundo a pesquisa, o Rio de Janeiro é a capital que mais tem vias adequadas para a circulação de bicicletas, com 150km de estrutura cicloviária, seguida por Brasília (140km), Curitiba (127km), Campo Grande (79km), Fortaleza (70km), São Paulo (69,8km), Aracaju (55km), Florianópolis (37km), Belo Horizonte (36km), Recife (28,5km), Salvador (19km), Cuiabá (15km), Porto Alegre (12km) e Goiânia (3km). Esta relação não leva em conta as ciclofaixas de lazer, que funcionam apenas nos domingos e feriados.

Enquanto isso, na Holanda, o governo planeja inovar estimulando a construção de ciclovias com faixas que brilham no escuro e são aquecidas. Esse trabalho tem o objetivo de aumentar em 20% as viagens diárias feitas sobre as bicicletas entre a população do país. 

Empréstimo de bikes

Pioneiro brasileiro no compartilhamento de bicicletas, o projeto Bike Rio começou em outubro de 2011, no Rio de Janeiro. Já são 60 estações, com um total de 600 bikes alugadas por até uma hora e devolvidas em qualquer outra estação. Para pegar outra bicicleta, é preciso esperar um intervalo de 15 minutos. Nos quatro primeiros meses de funcionamento do projeto, 60 mil viagens foram feitas.

Em São Paulo, o sistema Nossa Bike oferece aluguel e estacionamento em 17 estações do metrô. Como no Rio, a primeira hora de utilização da bicicleta é gratuita. Após o período, são cobrados R$ 2 a hora, e a magrela pode ser devolvida em qualquer estação. As bicicletas não podem passar a noite no local.
Um outro sistema é o Bike Sampa, que dá gratuidade para os primeiros 30 minutos de viagem para os ciclistas cadastrados no site. Caso a bike seja usada por mais do que isso consecutivamente, uma taxa de R$ 5 é cobrada.

Seguindo seus amigos cariocas e paulistas, o BikePoA foi inaugurado em Porto Alegre em setembro de 2012 e atualmente conta com 100 bicicletas em 10 estações, devendo ser expandido para até 400 veículos em 40 pontos da cidade. O passe mensal custa R$ 10 e o diário, R$ 5. O ciclista pode utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 22h, em viagens com duração máxima de uma hora. Após esse tempo, assim como no Rio e em São Paulo, é preciso respeitar um intervalo de 15 minutos para outras viagens.
Boas pedaladas!
Equipe Fast Runner
Por Fast Runner
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