Por Hebert Wagner Polizio.
Algumas marcas estão aderindo ao renascimento de modelos clássicos, este revival pode ser observado em quase todas as áreas da indústria ciclística: roupas, equipamentos, acessórios e especialmente os quadros.
Casas italianas mais tradicionais ainda mantêm em sua linha de produção quadros em cromolibidenio produzidos pelo processo de “lug’s” ou como são chamados no Brasil de cachimbos.
Hoje encontramos Colnago, De Rosa, Wilier, Casati, Ciocc, Basso, Tommasini produzindo jóias no velho e bom aço.
Mas somente recentemente resolvi experimentar uma dessas jóias renascida, achava que ela provocaria nada mais do que as sensações que já estava acostumado a sentir nos produtos que garimpei em viagens e pelo qual dediquei muito do meu tempo em recuperações.
A tecnologia em materiais provocou uma doce revolução nesses produtos, ligas de metais mais modernas conseguem produzir quadros em aço muito leves, obviamente nada comparado aos carbonos mais top’s de algumas fábricas, mas tão leve quanto a grande maioria das bikes de carbono de entrada das mais variadas marcas.
No quesito leveza obviamente já estava impressionadíssimo com o que a modernidade conseguia fazer com o peso e a tradição do passado.
Quando fui fazer o primeiro pedal em AlphaVille onde em alguns trechos não temos o melhor dos asfaltos pude notar que a qualidade que mais prezava nos quadros de aço ainda estava presente, a absorção da vibração estava ali mais viva do que nunca e trabalhando ao meu favor, provocando uma sensação gostosa, neutralizando as imperfeições do asfalto que percorria a estrutura do quadro tentando encontrar meu corpo.
Achava que quando forçasse um pouco a pressão nos pedais iria sentir o leve “torcer” tão característicos dos quadros “macios”, então me posicionei agressivamente sobre a bike, procurei uma subida curta de pouco mais de 300 metros e apliquei cadenciadamente toda minha força esperando ultrapassar aquele leve aclive o mais rápido possível, mas certo de pagar o preço pelo meu luxo-saudosista e perder eficiência pelo flexionar lateral que esperava sentir.
Foi ai que fiquei mais impressionado, logo após cruzar seu topo esperei minha pulsação voltar ao normal, retornei em meia volta e desci aquele pequeno morro com a intenção de experimentar um novo ataque, mas dessa vez apliquei toda minha força na intenção de forçar a torção do quadro e recuperar todas as sensações do passado.
Tomei um pouco mais de fôlego e usei um estilo muito mais de força do que de giro e com uma ou duas marchas mais pesadas encarei esse segundo ataque...Vapt...vapt...vapt...e nada de torcer, minha freqüência cardíaca já estava bem próxima dos 90% e ainda tinha percorrido apenas metade dessa pequena subida...Vapt...vapt...vapt...forcei ainda mais e com o coração quase na boca e chegando ao máximo lembrei de Mario Cipollini em suas sensacionais volatas,...quase sem sangue no cérebro para raciocinar constatei que mesmo com toda violência empregada nos pedais nada do meu novo e renovado quadro torcer.
Talvez o flexionar lateral que sempre presenciei em minhas bikes do passado e não julgava nem um pouco produtivo tinha agora depois de alguns anos desaparecido: trefilação, laminação, formas internas e externas diferenciadas, programas de computador para calcular tensão em pontos críticos e tudo de mais moderno foi usado para aperfeiçoar o que no meu modo de ver já era quase perfeito.
Tudo que é bom pode melhorar ainda mais e a tecnologia cuida de renascer ainda mais belo e eficiente minhas jóias do passado.
Algumas marcas estão aderindo ao renascimento de modelos clássicos, este revival pode ser observado em quase todas as áreas da indústria ciclística: roupas, equipamentos, acessórios e especialmente os quadros.
Casas italianas mais tradicionais ainda mantêm em sua linha de produção quadros em cromolibidenio produzidos pelo processo de “lug’s” ou como são chamados no Brasil de cachimbos.
Hoje encontramos Colnago, De Rosa, Wilier, Casati, Ciocc, Basso, Tommasini produzindo jóias no velho e bom aço.
Mas somente recentemente resolvi experimentar uma dessas jóias renascida, achava que ela provocaria nada mais do que as sensações que já estava acostumado a sentir nos produtos que garimpei em viagens e pelo qual dediquei muito do meu tempo em recuperações.
A tecnologia em materiais provocou uma doce revolução nesses produtos, ligas de metais mais modernas conseguem produzir quadros em aço muito leves, obviamente nada comparado aos carbonos mais top’s de algumas fábricas, mas tão leve quanto a grande maioria das bikes de carbono de entrada das mais variadas marcas.
No quesito leveza obviamente já estava impressionadíssimo com o que a modernidade conseguia fazer com o peso e a tradição do passado.
Quando fui fazer o primeiro pedal em AlphaVille onde em alguns trechos não temos o melhor dos asfaltos pude notar que a qualidade que mais prezava nos quadros de aço ainda estava presente, a absorção da vibração estava ali mais viva do que nunca e trabalhando ao meu favor, provocando uma sensação gostosa, neutralizando as imperfeições do asfalto que percorria a estrutura do quadro tentando encontrar meu corpo.
Achava que quando forçasse um pouco a pressão nos pedais iria sentir o leve “torcer” tão característicos dos quadros “macios”, então me posicionei agressivamente sobre a bike, procurei uma subida curta de pouco mais de 300 metros e apliquei cadenciadamente toda minha força esperando ultrapassar aquele leve aclive o mais rápido possível, mas certo de pagar o preço pelo meu luxo-saudosista e perder eficiência pelo flexionar lateral que esperava sentir.
Foi ai que fiquei mais impressionado, logo após cruzar seu topo esperei minha pulsação voltar ao normal, retornei em meia volta e desci aquele pequeno morro com a intenção de experimentar um novo ataque, mas dessa vez apliquei toda minha força na intenção de forçar a torção do quadro e recuperar todas as sensações do passado.
Tomei um pouco mais de fôlego e usei um estilo muito mais de força do que de giro e com uma ou duas marchas mais pesadas encarei esse segundo ataque...Vapt...vapt...vapt...e nada de torcer, minha freqüência cardíaca já estava bem próxima dos 90% e ainda tinha percorrido apenas metade dessa pequena subida...Vapt...vapt...vapt...forcei ainda mais e com o coração quase na boca e chegando ao máximo lembrei de Mario Cipollini em suas sensacionais volatas,...quase sem sangue no cérebro para raciocinar constatei que mesmo com toda violência empregada nos pedais nada do meu novo e renovado quadro torcer.
Talvez o flexionar lateral que sempre presenciei em minhas bikes do passado e não julgava nem um pouco produtivo tinha agora depois de alguns anos desaparecido: trefilação, laminação, formas internas e externas diferenciadas, programas de computador para calcular tensão em pontos críticos e tudo de mais moderno foi usado para aperfeiçoar o que no meu modo de ver já era quase perfeito.
Tudo que é bom pode melhorar ainda mais e a tecnologia cuida de renascer ainda mais belo e eficiente minhas jóias do passado.
Hebert Wagner Polizio é responsável comercial do Grupo Fast Runner, colunista da Revista VO2, colecionador e alucinado por bicicletas clássicas.
Olá, Herbert!
ResponderExcluirPode dizer qual é o quadro? E vocês tem planos para trazer quadros italianos para o Brasil? Atualmente é muito difícil encontrá-los...
Um abraço!
Danilo,
ResponderExcluirtrabalhamos por encomenda nos quadros novos de aço da marca DeRosa e temos algumas peças em ótimo estado, mas vintage´s, da marca Pinarello e Eddy Merck.
Qual tamanho você usa?
Fala Herbert!
ResponderExcluirSó consegui entrar no blog hoje. Então, meu tamanho atual seria algo com 56 ou 57cm de top tube, mas estive na loja na semana passada e me interessei por uma pina fp2 com 55cm no TT. O Fernando e o Danilo me atenderam muito bem e a bike ficou bem confortável no teste que fizemos no rolo, então estou num momento de reajuste de tamanho(rs). Vou ver se volto à loja e vejo esses quadros de cromo. Quais os tamanhos?
Desde já, obrigado!
Danilo,
ResponderExcluirtemos uma bike completa Pinarello com TT 55cm e uma bike completa Eddy Merckx com TT 57cm.
Venha nos visitar será um prazer.
Legal, Herbert!
ResponderExcluirVou ver se passo na loja pra conferir essas clássicas...
Abração!